quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

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Tudo é Fisioterapia.
Por Hugo Morais Bickel

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Entendendo o Pilates: Aspectos históricos do método Pilates

No mundo do fitness não há método que tenha gerado tanta polêmica e tanta adesão quanto o Pilates. Não há país no mundo ocidental em que o Pilates não tenha tido um surgimento abrasivo e um desbravamento comercial de destaque. A palavra “Pilates” está inclusive imbuída de certo misticismo, ambiente criador de certa aura de atração. Ainda assim não podemos deixar de tentar compreender o porquê de tal identificação do método.
                                  

No mundo do fitness não há método que tenha gerado tanta polêmica e tanta adesão quanto o Pilates. Não há país no mundo ocidental em que o Pilates não tenha tido um surgimento abrasivo e um desbravamento comercial de destaque. A palavra “Pilates” está inclusive imbuída de certo misticismo, ambiente criador de certa aura de atração. Ainda assim não podemos deixar de tentar compreender o porquê de tal identificação do método.
O criador do método Pilates, Joseph Pilates, era um homem extremamente inteligente e intuitivo. Teve uma infância difícil e plena de uma franca debilidade física, mas ainda assim lutou pela sua perenidade. Pelo fato de ser extremamente frágil, Joseph Pilates dedicou um esforço suplementar a melhorar a sua condição física. Na sua juventude, Pilates estudou e especializou-se em musculação, mergulho, esqui, ginástica e outros. Em 1912, Pilates mudou-se da Alemanha (onde nasceu em 1880) para Inglaterra, onde começou a ganhar a vida como pugilista. No início da Primeira Guerra Mundial, esteve num campo em Lancaster e, posteriormente, na Ilha de Man, local onde trabalhou como enfermeiro devido a sua identificação com a saúde e culto ao corpo. Trabalhando como enfermeiro, experimentou usar molas ligadas a camas hospitalares, de modo que os pacientes começassem a tonificar seus músculos antes mesmo de se levantar.


Depois da guerra, Pilates voltou para Hamburgo, onde permaneceu até 1926. Só neste ano é que Pilates se mudou para os Estados Unidos da América.
Em Nova Iorque, Pilates viria a fundar os seus primeiros estúdios americanos. A partir daqui reza a história que Pilates conseguiu impor o seu método de exercício, tendo rapidamente conquistado os bailarinos, incluindo indivíduos famosos dos espetáculos musicais e cinematográficos. Os dançarinos, sempre propensos a lesões, descobriram que os exercícios de Pilates levavam a uma recuperação mais rápida, sem perda de condicionamento físico, e isso numa época em que os efeitos terapêuticos da reabilitação imediata ainda não eram reconhecidos. Portanto, o método Pilates viria a constituir-se como o método direcionado a reabilitação e a qualidade de vida muito antes de ser abraçado pela geração dos fisioterapeutas, que deram ao método um cunho mais terapêutico.
O seu rol de exercícios da técnica que criou faz uso outro tipo de força, uma força fundamentalmente estática e excêntrica, a qual permite o fortalecimento do corpo sem geração de tensões e/ou desequilíbrios musculares.

CONTINUA...

Enfim, Tudo é Fisioterapia.
Por Hugo Morais Bickel

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Série - Mitos sobre a coluna vertebral

1) Massagens nas costas são úteis para aliviar a dor nas costas

As massagens nas costas podem provocar alívio transitório das dores, devido ao estímulo manual, que pode provocar a liberação de substâncias analgésicas (endorfinas), causando relaxamento muscular. Porém as massagens não resolvem de forma definitiva os problemas da coluna vertebral, podendo inclusive agravá-los.


2) Bolsa de água quente sempre alivia a dor nas costas

Nem sempre. O aquecimento da região é útil para o relaxamento muscular, mas a intensidade do calor pode ser prejudicial à região, como numa inflamação aguda.




3) Os coletes devem ser utilizados para melhorar a postura

Os coletes utilizados para o tratamento das doenças da coluna vertebral são órteses utilizadas basicamente para prevenir a evolução das deformidades, tendo indicação específica para algumas doenças da coluna vertebral, não devendo ser utilizados de rotina, sem orientação médica.




CONTINUA...

Enfim, Tudo é Fisioterapia.
Por Hugo Morais Bickel

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pilates para Gestantes


As mudanças que ocorrem na gestação não são apenas hormonais e emocionais, são também posturais. Quando a gravidez avança as alterações em músculos, articulações e coluna vertebral também acontecem.
            O método Pilates é um programa de exercícios que pode trazer conforto na gravidez e ao parto quando aplicado com foco na estabilidade da musculatura postural, no assoalho pélvico e no fortalecimento e alongamento suave dos músculos. Melhora a concentração, o equilíbrio, a coordenação e a qualidade dos movimentos, sem sobrecarregar as articulações.


A Gestação

Durante a gestação ocorrerá o aumento de estrogênio e da progesterona, bem como outro hormônio chamado relaxina também se eleva. A relaxina proporciona maior mobilidade aos ligamentos, permitindo a estabilidade das articulações. As articulações que conectam os ossos da pelve tornam-se mais frouxas e alongadas, preparando-se para o parto. Assim, a estabilidade articular é reduzida. O método Pilates incentiva o controle muscular e postural, que compensa os ligamentos enfraquecidos, ajudando a evitar os problemas comuns nas articulações e a tensão lombar, trabalhando assim essa falta de estabilidade.

Combatendo os sintomas através do Pilates

Os movimentos do método Pilates ajudam a melhorar a circulação, principalmente nos membros inferiores reduzindo a tensão na parte superior das "costas" e nos ombros, ocasionados pelo aumento das mamas.
As técnicas de respiração trabalhadas no Pilates também ajudam a relaxar e respirar com mais eficiência, induzindo a calma e reduzindo de forma eficaz os níveis do cortisol, que é o hormônio do estresse.
A consciência postural apresenta benefícios para toda a vida, não somente na gestação. Ficar de pé, sentar-se, caminhar, levantar-se depois de estar sentada, sentar-se ereta depois de estar deitada, aprender a levantar-se corretamente é alguns dos benefícios para o corpo proporcionado pelo método Pilates.



Benefícios

·         Melhora a capacidade de estirar e relaxar com mais facilidade durante o parto;
·         Melhora a circulação para a região pélvica;
·         Promove a rápida recuperação e cicatrização, auxiliando na reconquista de boa    
            qualidade muscular após o parto;
·         Previne a incontinência urinária por esforço;
·         Apóia os órgãos da pelve;
·         Previne o mau alinhamento das articulações do quadril e sacroilíacas (que 
                  formam uma interligação entre a parte posterior da pelve e os ossos do
                  quadril);
·         Promove a estabilidade da musculatura postural.

Importante

Evitar ficar de barriga para baixo com o avanço da gravidez, evitar super aquecimento, esportes de impacto, respeitar os limites da Gestante, etc.
Os exercícios são adaptados conforme cada fase da gestação, inicial, intermediária e final, além do pós-parto imediato e seis semanas após.

Alertas

É expressamente recomendado que o Pilates executado com gestantes seja realizado de forma suave, sutil e simples. Que todo exercício proposto seja bem entendido, explicado e dentro dos limites normais do aluno e da gestação. Para tal, faze-se importante escolher um profissional com formação específica em Pilates (Fisioterapeuta) e experiência com gestantes.
Outro cuidado é evitar a prática com muitas pessoas ao mesmo tempo. O profissional deverá orientar preferencialmente a gestante individualmente, evitando o risco de lesões.
Mulheres que nunca praticaram, bem como as que já praticavam o Pilates devem iniciá-lo na gestação de forma comedida após terceiro mês de gravidez;
Antes de iniciar ou continuar os exercícios do método Pilates, um obstetra deve ser consultado, com a finalidade de identificar algumas contra-indicações a exercícios físicos, como sangramento via vaginal, placenta baixa, gestação múltipla, trabalho de parto prematuro, hematoma retro-placentário, ameaça de aborto, hipertensão, diabetes, cardiopatias e outra doença de base.

A descoberta da gestação é certamente um marco na vida de qualquer mulher. Aquele recém-nascido mudará para melhor na sua mente, sua vida social e sua família. Então, faça um gesto de amor para toda a vida, se alimente bem, trabalhe a sua postura, faça acompanhamento médico, realize atividade física. Enfim, para o seu bem e do seu filhote, cuide do seu corpo com carinho e responsabilidade... Faça Pilates !!!

Bibliografia:

·         Pilates Para Grávidas, de Endacott, J.
·         Pilates Silvia Gomes: http://pilatespaco.blogspot.com/

Pilates é Fisioterapia e Tudo é Fisioterapia !!!

Por Hugo Morais Bickel

domingo, 16 de outubro de 2011

Série - Mitos sobre a coluna vertebral

Composta por ossos que são chamados vértebras, a coluna vertebral é considerada uma das mais importantes regiões do corpo humano. Muito flexível esta parte do corpo é responsável pela sustentação da cabeça, fixação das costelas e os músculos do dorso, além de suas curvaturas serem responsáveis pela força e equilíbrio corporal.
Problemas como escoliose, artrose, hérnia de disco, entre outros, afetam grande parte da população. Assim, muitos mitos são criados quando o assunto é coluna vertebral.
Abaixo, mitos sobre o tema:

1) A dor nas costas das crianças geralmente são dores de crescimento

Esta afirmação está completamente errada, pois ninguém precisa ter dor para crescer. A dor nas costas nas crianças deve ser abordada cuidadosamente, pois as dores musculares são mais freqüentes em adultos, durante sua fase produtiva. As crianças podem ter dores musculares relacionadas a excesso de atividade esportiva e por carregar muito peso nas mochilas, porém é importante o diagnóstico diferencial de tumores e processos infecciosos.


2) O paciente com dor nas costas deve permanecer deitado na cama, em repouso, por longos períodos

O repouso absoluto não é indicado. Os pacientes com dor nas costas devem ficar em repouso relativo por 02 a 04 dias, sendo estimulados a retornar progressivamente à suas atividades diárias, com a evolução do tratamento.


3) Dormir no chão é bom para a dor nas costas

Esta afirmação é completamente equivocada, sendo que esta medida poderá agravar as dores. Durante a crise de dor nas costas o repouso pode ser realizado no próprio colchão, podendo o paciente deitar de lado, com as pernas encolhidas e com um travesseiro entre as pernas. A rigidez do chão ou de um colchão duro poderá acentuar a contratura muscular do paciente.


CONTINUA...

Enfim, Tudo é Fisioterapia.
Por Hugo Morais Bickel

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

‎13 de Outubro..Dia do fisioterapeuta !!!

Aos Fisioterapeutas,

 "Suas mãos são dádivas. Através delas você pode conduzir todo o potencial do seu trabalho, toda sabedoria de sua ciência e todo seu amor pelo ser humano, traduzindo isso em possibilidade de cura."



Parabéns a todos os fisioterapeutas!!!

Tudo é Fisioterapia.
Por Hugo Morais Bickel

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Caminhada - Indicações e contra indicações

As atividades físicas são esquecidas pela dedicação com o ofício diário.
            A caminhada é um bom exercício aeróbico, pode ajudar a queimar calorias, manter a forma e evitar que fiquemos sedentários.


A atividade é considerada, uma das melhores formas para realização de exercícios aeróbicos para os adultos aparentemente saudáveis, especialmente para os idosos, até porque o ato de andar faz parte de nossa vida e a caminhada é simplesmente o ato de andar num ritmo mais acelerado.
Realizar caminhas é uma das práticas mais recomendadas pelos seguintes motivos: é uma atividade física simples de ser executada, pode ser realizada individualmente, produz os mesmos benefícios da corrida, do ciclismo e da natação e é considerada a prática mais simples e segura de exercícios aeróbicos, por conferir proteção ao sistema cardiovascular.


Porém, apesar da caminhada apresenta maior índice de aderência aos exercícios para a prevenção de problemas e promoção de saúde, é bom lembrar que as atividades físicas devem fazer parte de um programa global de saúde, para não causar malefícios à saúde. Uma das ocorrências mais comuns dentre o nosso atendimento clínico é a lesão de joelhos por desalinhamento postural, por exemplo, varo e valgo (joelhos pra dentro/joelhos pra fora) devido à falta de força em alguns músculos, e nesta condição realizar a caminhada é colocar carga e peso em um joelho desalinhado, e isto significa lesão. Portanto, existe a necessidade de uma ação complementar que visa o trabalho muscular para poder realizar caminhada de forma responsável.
         A decisão da caminhada deve ser acompanhada de uma série de cuidados, com o objetivo de preservar nossa saúde e aproveitar ao máximo os resultados que podem ser obtidos. Temos algumas dicas importantes:
·         Devemos dar sempre preferência a um horário fixo (pois nosso organismo se adapta melhor), e usar sempre o relógio, que vai medir a duração da sessão de caminhada, bem como a evolução da condição física. É de fundamental importância que a pessoa cardíaca consulte seu médico para verificar se pode exercitar-se sem riscos.
·         O aquecimento é importante. Começando a caminhar devagar até adquirir um ritmo mais avançado, dando preferência para caminhar em um só período.
·         Procurar um local com aclives e declives suaves (quanto mais plano melhor).
·         É importante utilizar roupas e calçados leves (suar não significa perda de peso ou esforço maior).
·         No momento deve-se escolher uma passada que não seja intensa e intolerável, nem tão leve que não estimule nossa respiração.
·         Caminhar continuamente, e de forma fluida. A carga e a freqüência da prática devem ser observadas de acordo com a exigência de cada organismo, conforme recomenda o Colégio Americano de Medicina do Esporte (American College of Sports Medicine - ACSM), segundo o cálculo que pode ser feito por nós, dependendo do nosso objetivo a nos exercitar.
·         A caminha (passeio) é descontínua, lenta, contemplativa e é boa para higiene mental. A caminha (exercício) tem sua intensidade ajustada à sua tolerância cardiorrespiratória, ou seja, com uma boa intensidade, que é aquela que ainda permite que possamos realizar uma conversa breve, sem falta de ar e sem desconfortos.
·         Vale lembrar que a caminhada normalmente é segura e não coloca nem mesmo pacientes cardíacos supervisionados sob risco, mas ela pode ser causa de acidentes cardíacos em pacientes que possuem distúrbios cardiocirculatórios.
·         Deve-se alimentar com uma fruta ou suco (não mais que 200 ml), 30 minutos antes, e logo após o exercício.
·         Ingerir água filtrada somente em pequenas quantidades;
·         Ao término da atividade física deve-se sentir bem. A qualquer sinal de cãibras, dores, falta de ar, cansaço extremo, é recomendado que pare. Persistindo os sintomas, é recomendável um contato com o médico.
·         Os dias de exercício devem ser alternados para permitir a recuperação do corpo antes da próxima carga. Caso contrário, podemos entrar em “overtraining” *, que é prejudicial à nossa saúde corporal.
·         A caminhada não combina com o uso regular do cigarro, a ingestão excessiva de álcool antes de caminhar e comportamento obsessivo de competir com os participantes.
·         Deve-se avaliar e reavaliar o nosso desempenho de tempos em tempos. Podemos perceber o quanto este simples exercício é capaz de proporcionar benefícios ao nosso organismo. Para isso, basta que caminhemos corretamente.

Enfim, com atenção e responsabilidade, podemos de forma leve, continua e constante realizar nossas caminhadas com a certeza de estarmos com a saúde mais próxima do ideal, previna-se, caminhe e seja feliz!


*O overtraining é um estágio atingida após uma seqüência de exercícios realizados de forma ininterrupta ou exagerada. O organismo precisa de repouso para recuperar-se após uma sessão de treinamento intenso, mas, como ele é altamente adaptativo, quando se exagera apenas algumas vezes e não se preocupa com o devido descanso, ele ainda consegue compensar este exagero durante certo período.  Este processo vai minando o organismo gradativa e silenciosamente até que comece a manifestar alguns sintomas, como: freqüência cardíaca mais elevada que o normal (em repouso e em atividade), maior dificuldade de recuperação após o exercício, dificuldade de ter um sono reparador ou dificuldade para dormir, alterações de apetite, podendo apresentar lesões osteomioarticulares recorrentes (principalmente nos segmentos exigidos).

            Caminhar é uma atividade física, é movimento, é mecânica, é fisioterapia. Podemos concluir:
Tudo é Fisioterapia.

Por Hugo Morais Bickel

sábado, 24 de setembro de 2011

Hérnia de disco I - Como isso acontece?

Podemos definir que Hérnia de disco é a projeção da parte central do disco intervertebral (o núcleo pulposo) para além de seus limites normais (a parte externa do disco, o anel fibroso).


Conceitos a parte a hérnia discal é um dos acometimentos que mais causa dores na coluna vetebral.
Mas afinal de contas, seria a hérnia de disco esse bicho de sete cabeças?
Antes de mais nada, devemos reconhecer a necessidade de uma avaliação criteriosa nos atendo ao raciocínio clínico convencional, porém dando um enfoque principalmente a localização da hérnia, o grau de extensão, o período correlacionando com o grau da inflamação para só assim estabeleceremos a estratégia a ser abordada, seja ela preventiva ou curativa.
Após atividades errôneas no nosso dia-dia teremos a perda de funções e movimentos específicos da musculatura da nossa coluna, isso acarretará microtraumas bem como déficit de controle motor e perda de estabilidade articular, deixando assim a coluna vertebral instavél, provocando assim a hérnia de disco durante um movimento abrupto qualquer.
Uma das principais consequências da hénia discal será a compressão de raiz nervosa, bem como do saco dural, isso ira gerar edema local, diminuindo o espaço para a passagem da raiz nervosa e aumentando ainda mais a inflamação.

            Como o disco é inervado pela parte externa por fibras do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) teremos caracteristica de dor referida (normalmente difusa e espalhada), que ira evoluir para uma dor nervosa própriamente dita, com aumentando da pressão no forame ocorrerá a diminuição da troca de fluidos, gerando estase nervosa, aumentando ainda mais o edema/inflamação acarrentando então ainda mais dor, porém agora de característica irradiada (paciente relata dor na perna ou dor que caminha). Caso não haja movimento após a irritação do forame, irão se instalar as aderências, das principais aderências temos por exemplo a de duramater com ligamento longitudenal posterior.
Todo este mecanismo de estabelecerá devido ao mal gerenciamento das funções do nosso corpo, levando ao comprometimento das estruturas governadas por estas funções.
É fundamental salientar que quanto menor o estado da hérnia, melhor as possibilidades de pronto reestabelecimento.
Dizemos que hérnia de disco é na verdade uma combinação de fatores biomecânicos e fisiológicos, ocasionando a falta de qualidade na estabilização dos segmentos da coluna.

CONTINUA...

Enfim, Tudo é Fisioterapia.

Por Hugo Morais Bickel

sábado, 17 de setembro de 2011

Reeducação postural global associado à atividade física muscular


Sempre pergunto aos meus pacientes/alunos se conseguem compreender com clareza o que significa manter uma postura adequada, e mais, se sabem o que determina uma boa postura, e da forma mais simples também me respondem que simplesmente não conseguem se esforçar o suficiente para se manterem “retos”. Antes de qualquer coisa, eu explico: “...se fossemos retos, cairíamos tal qual uma vassoura reta em pé...”. Salve as brincadeiras, a verdade é que sempre associamos um erro de postura a nossa incapacidade de nos mantermos em um alinhamento postural adequado, o que podemos delicadamente dizer:  “..é uma verdade bem incompleta...”.
A postural mais próxima do normal é dada pela manutenção da sincronia adequada entre as funções musculares, o que conseqüentemente ira gerar uma ação mais estruturada e coordenada de outras estruturas não menos importantes como vértebras, ligamentos, tendões e outros. Essa coordenação adequada acarretara a manutenção também adequada do eixo de movimento das articulações do nosso corpo, o que chamamos de estabilidade. Logo, relembrando o conceito de Richardson, Hodges, Hides, (2004) concluímos que a falta de atenção aos grupamentos musculares estabilizadores ira causar uma estabilização inadequada durante os movimentos, o que conseqüentemente ira gerar uma disfunção postural.


Segundo O’SULLIVAN (2000), a conduta mais adequada em um tratamento postural, seria baseada no treinamento muscular específico. Então concluímos que é indispensável calcar a nossa conduta de avaliação na falha muscular, seja ela por falha de força, fraqueza, ativação, antecipação, etc.
Ficaria difícil então não pensarmos em um treinamento muscular específico direcionado a Reeducação Postural Global sem associarmos a atividade física muscular específica.
Existem várias abordagens relacionadas à atividade física muscular específica (o Pilates, a musculação, as atividades funcionais em geral)
Se estas atividades determinam uma boa postura? Com certeza não, mas creio que podem vir a determinar; desde que bem utilizadas dentro de uma conduta específica e individualizada, na verdade são técnicas que servem munição ao nosso arsenal, para o desenvolvimento cada vez mais gabaritado do nosso trabalho.


Se conseguirmos associar com criatividade as inúmeras abordagens relacionados a atividade física muscular com um bom trabalho do nosso sistema muscular estabilizador que preconize um reeducação motora dos tecidos, poderemos então fazer a ponte entre atividade física elaborada e atividade postural, fazendo a arte de ser humano pensante, saltar do racíocínio para a ação. Só assim faz sentido ter um corpo vivo!
Como podemos perceber não ha como não olharmos atividade física sem nos atermos a postura, porque o raciocínio clínico é sempre o mesmo. Logo,

Tudo é Fisioterapia.

Por Hugo Morais Bickel

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pilates e os gordinhos: Uma relação possível!

   
    Desde sempre recebemos alunos gordos para as aulas de estúdio. A primeira coisa que devemos considerar é de que tipo de gordura estamos falando. Geralmente, encontramos dois tipos de depósito de gordura: subcutânea abdominal e tecido adiposo visceral. O primeiro diz respeito às pessoas que tem a gordura acumulada na pele, formando aquelas dobras grossas e o segundo são aquelas pessoas com o abdome inflado por dentro, a pele e musculatura abdominal tracionadas pelos órgão internos gordos, semelhante ao biotipo que apresenta a mulher que está gestando.
    Vale lembrar que, em ambos os casos, estamos falando de tecido adiposo, órgão dinâmico que secreta vários fatores, denominados adipocinas. Eles estão relacionados, direta ou indiretamente, em processos que contribuem na aterosclerose, hipertensão arterial, resistência insulínica e diabetes tipo 2, dislipidemias, ou seja, representam o elo entre adiposidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. Na obesidade, os depósitos de gordura corporal estão aumentados, apresentando conseqüente elevação na expressão e secreção das adipocinas, proporcionalmente ao maior volume das células adiposas.
Em relação às aulas de Pilates haverá modificações importantes em ambos os casos.

Vamos pensar juntos:

    No aluno com gordura subcutânea, sua sensação de movimento fica modificada em relação à propriocepção articular, que se depara com uma limitação de adm (amplitude de movimento) imposta pela própria gordura (sensação parecida com a de quando estamos em algum lugar muito frio e nos cobrimos de grossos casacos que nos impedem de dobrar como poderíamos sem esse entrave). A sensação aferente dada pelo meio nas descargas de peso (sacro, trocânter, escápulas, ísquios) também fica alterada, visto que seus pontos de apoio estão “acolchoados” tirando a nitidez destas sensações, o que dificulta a importante clareza da posição inicial.
    Para o professor o desafio também estará presente, já que a condução dos toques tácteis se dá, basicamente, pela colocação e direcionamento das mãos nos ossos e músculos (quando queremos sugerir mais ativação ou afrouxamento). Além disso, o próprio olhar sobre o aluno terá de ser mais aguçado, já que seu esqueleto não estará tão visível devido à gordura.
    Mas até aqui não estamos falando de nada que impossibilite a prática de Pilates. O fato de estar algo mais difícil não significa, em momento nenhum, nada que passe perto de desistirmos da prática. Teremos que, como instrutores, aguçar nosso olhar e estimular no aluno a busca de suas sensações diante de seu corpo como está. Afinal é com este ser corpo que ele convive neste momento e é através dele que se move e se posiciona em todas as suas funções cotidianas.
    Vale encontrar sempre posições confortáveis e, na medida do possível, propor aulas dinâmicas e fluidas que contribuam, além da conscientização corporal e organização intrínsecas no método, com o aumento do gasto calórico.


Em relação ao aluno com sobrepeso relacionado a gordura visceral, além dos elementos já citados, é importante lembrar que sua musculatura abdominal está tracionada. Oblíquos e transverso tracionam suas aponeuroses que se encontram na linha alba, estimulando a diástase e, conseqüentemente, possíveis hérnias na linha média do abdome. Estas hérnias se formam quando há saída de tecido adiposo, ou de parte do peritôneo, através de um orifício enfraquecido na zona do tecido conjuntivo, que se estende desde o tórax até à púbis e aonde se inserem os músculos rectos do abdômen, a denominada linha alba.


Desta forma quando vamos lidar com esse tipo de aluno os cuidados devem ser maiores. Nesse caso a limitação de movimento diz mais respeito à mobilidade do tronco (coluna, caixa torácica) que se encontra sobre grande pressão interna.
É importante sempre colocar o aluno em posições confortáveis (pode ser incômodo deitar em decúbito ventral, por exemplo, para extensões) e evitar trabalho abdominal intenso.
    Minha sugestão é que a musculatura abdominal deve atuar, basicamente, em sua função estabilizadora e de conexão, mas não ter momentos da aula para seu fortalecimento específico. A aposta maior deve ser no reto abdominal (que tem sua colocação vertical e não tyraciona fáscias) garantindo a relação eficiente entre costelas e bacia, evitando a anteroversão da pelve.
    O trabalho de mobilidade da coluna deve ser suave, com foco na musculatura profunda (por exemplo, rotadores da coluna profundos e não rotadores do tronco – oblíquos). Cada vez que for realizado um movimento grande de rotação ou flexão estará havendo um grande tracionamento das fáscias e, conseqüentemente, da linha alba.
    De maneira geral vale mais apenas apostar nos exercícios de dissociação de MMII e MMSS com estabilização da coluna para, mais uma vez, estimular, além da organização, algum gasto calórico. Costumo dizer que o Pilates emagrece mais pela mudança que os alunos experimentam na relação com seu corpo do que no gasto calórico propriamente dito, mas ele existe e deve ser incrementado com uma aula fluida e ativa.

Fontes:
Abdominales sin Riesgo, Blandine Calais-Germaisn, Editora La Liebre de Maroz, 2010 (incluindo imagens)
Gordura visceral, subcutânea ou intramuscular: onde está o problema?
Helen H.M. Hermsdorff; Josefina B.R. Monteiro
Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa - UFV, Viçosa, MG
Fonte de Publicação/Postagem:
Pilates Silvia Gomes
http://pilatespaco.blogspot.com/2010/11/o-pilates-e-os-gordinhos-uma-relacao.html

Como vimos é difícil separar atividade física de anatomia, biomecânica, estabilização....
Enfim, Tudo é Fisioterapia.